Modalidade esportiva que reúne três práticas independentes: natação, ciclismo e corrida em ordem consecutiva e sem interrupção de atividades. É consagrado vencedor o “triatleta” que completar o percurso no menor tempo possível.
Há registros do surgimento do Triathlon em San Diego, EUA, num clube de atletismo, em meados da década de 1970. Para que os atletas cumprissem o período de férias sem interromper totalmente as atividades físicas, os treinadores resolveram apostar no lado lúdico do esporte e incorporaram a prática da natação e ciclismo com um leve percurso de atletismo. Outros registram apontam para sua origem no Havaí, em 1978. Idealizado por John Collins – fuzileiro naval norte-americano, inventor do Ironman – sua primeira edição teve a participação de 15 super atletas, sendo que apenas 12 chegaram ao final da prova (Latin Sports, 2004).
No Brasil, o aparecimento do Triathlon conta do ano 1981. Seguindo a trilha da informalidade que marca o nascimento da modalidade no mundo, o corredor Yllen Kerr do Rio de Janeiro, inspirado em matérias de revistas norte-americanas, planejou um desafio com três amigos na praia do Arpoador, RJ. Em 1982, após longos treinos, Kerr e Alberto Klar assistiram pela primeira vez o IronMan do Havaí. No mesmo ano, um evento de cunho participativo denominado “Corrida Alegre” é realizado no Rio, mas alguns triatletas já despontavam no cenário do Ironman, como Fernanda Keller e Armando Barcelos.
Bem diferente das distâncias atuais nesse primórdio do triathlon, os percursos eram nas seguintes distâncias: 500 metros de natação, 12 km de ciclismo e 5 km de corrida na pista. A ideia foi tão bem aceita pelos atletas, que convidaram os guarda-vidas para uma competição.
Hoje o triathlon segue as regras da ITU (International Triathlon Union) e no Brasil, da CBTri (Confederação brasileira de Triathlon):
| Distância | Natação (em metros) | Ciclismo (quilômetros) | Corrida (quilômetros) |
| Sprint | 750 | 20 | 5 |
| Standard | 1500 | 40 | 10 |
| Duplo olímpico | 3000 | 80 | 20 |
| Triplo olímpico | 6000 | 160 |
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| O Triathlon segue essa ordem acima: 1º natação, 2º bike e 3º corrida |
Primeira competição nas areias de Caiobá aconteceu em 1989:
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O Sesc Triatlon Caiobá é mais antigo que a própria Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri), que foi fundada em 1991. No ano da primeira edição, em 1989, foi estabelecida a ITU (International Triathlon Union), para as provas oficiais da modalidade.O evento não foi o primeiro do gênero no Brasil. A competição mais antiga, que adotou as distâncias oficiais, foi realizada em 1983, no Rio de Janeiro. Porém, com a organização e sucesso da competição em Caiobá, o Sesc exportou o modelo de prova para outras cidades do Brasil, fundando o circuito brasileiro – que conta com seis etapas (Caiobá, Brasília, Belém, Salvador, Fortaleza e Tramandaí-RS).
- ano 1993:
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| Fernanda Keller foi a vencedora do Triatlo Caiobá em 1993 (Foto: Arquivo / Divulgação Sesc-PR) |
- ano 1996:
- ano 2001:
- ano 2006:
- ano de 2011:
- ano 2014:
A etapa de Caiobá do Circuito Nacional de Sesc Triatlon se aproxima da 26ª edição é a história viva de pioneirismo da modalidade. Reconhecida no Brasil, a competição conseguiu sobreviver a períodos de dificuldade da modalidade no Paraná e se tornou querida entre atletas brasileiros, que se encontram no litoral paranaense para abrir a temporada de provas do ano.
Disputado no município de Matinhos, no litoral paranaense, a prova sempre foi realizada no mês de março, quando a temporada de verão está quase acabando. Mesmo assim, a cidade ainda está cheia de turistas e veranistas, que aproveitam a oportunidade para incentivar os atletas e definir a principal característica da prova: o alta astral nas ruas, estradas e praias.
O Sesc Triatlon Caiobá também é a primeira prova do ano para muitos atletas profissionais, que reservam a data com muita expectativa, apesar de não valer pontos no Circuito Nacional. Os principais nomes do triatlo brasileiro que já passaram pelas areias de Caiobá são Juraci Moreira, Leandro Macedo, Reinaldo Colucci, Fernanda Keller e Carla Moreno.
Além dos triatletas da elite, as 24 edições anteriores foram marcadas pela disputada participação de amadores. A procura pela inscrição é tão grande, que uma hora após a abertura oficial no site, todas as vagas já foram preenchidas. Fato que se repetiu nas últimas três edições. Quem chega depois, realiza o cadastro em uma longa fila de espera.
Já é uma tradição e que todos estão acostumados. Quem quer participar do Sesc Triatlon Caiobá precisa fazer a inscrição assim que abrem as vagas. Uma hora depois, já estão esgotadas. Só aqui no Paraná acontece isso. Tem outras cidades que pagam para o atleta viajar até lá, oferecem hospedagem, mas mesmo assim não tem a mesma procura - afirma Luiz Iran, presidente da Federação Paranaense de Triathlon.
O próprio dirigente tem uma história de vida ligada ao triatlon paranaense. Iran participou de todas as 24 edições em Caiobá e trocou a antiga carreira pela participação exclusiva na modalidade.
Vencendo os momentos mais difíceis- Para mim, o Sesc Triatlon Caiobá começa com o meu círculo de amizades. Trabalhava em outra área, mas saí para trabalhar somente com o triatlon. A paixão pelo esporte foi tão grande, que minha vida é isso agora. O Sesc só organizava uma prova por ano e eu pensei em manter um calendário maior para o triatletas do estado - contou. O momento mais complicado dos 25 anos de triatlon no Paraná foi a falência da Federação Paranaense, que mantinha a prova. O tradicional evento só continuou graças ao apoio do Sesc, que não deixou de organizar as edições. A consequência da falta de uma Federação foi a saída de vários triatletas para outros estados. O caso mais marcante foi do triatleta olímpico Juraci Moreira, que se mudou para o estado de São Paulo.
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| Curitibano Juraci Moreira é pentacampeão nas areias de Caiobá (Foto: Arquivo pessoal) |
O Paraná é um celeiro de triatletas e o principal exemplo é o Juraci Moreira. Eles tiveram que se filiar em outros estados para conseguir participar das competições nacionais. Isso era uma coisa inaceitável. Dez anos com a Federação desativada.
Junto com mais um grupo de triatletas, Luiz Iran reativou a Federação em 2011 e abriu a possibilidade do estado ter uma representavidade maior, além da revelação de novos talentos, que usam a prova em Caiobá como base. Para Iran, que é participante assíduo, ele não tem medo em afirmar que a competição em Matinhos é a melhor do país. Ele coloca acima do próprio Iromann, realizado anualmente em Florianópolis (SC).
A principal novidade da 25ª edição do Sesc Triatlon Caiobá, realizada no dia 16 de março desse ano, foi a inclusão da distância olímpica para os amadores. A prova aconteceu com a primeira largada, da categoria amadora, às 7h45, e a segunda, da categoria elite, às 8h, na Praia Mansa de Caiobá, em Matinhos. A competição traz uma energia grande das pessoas que estão assistindo. Indiscutível, na minha opinião, é a melhor prova de triatlon do Brasil, essa é a opinião dos organizadores.
Confira a galeria de campeões das 25 edições do Sesc Caiobá Triatlon:
1989 - Leandro Macedo / Rebeca Werneck
1990 - Armando Barcellos / Liane Bereta
1991 - Leandro Macedo / Liane Bereta
1992 - Marcus Ornellas / Fernanda Keller
1993 - Leandro Macedo / Fernanda Keller
1994 - Catta Preta / Cristina de Carvalho
1995 - Marcelo Butenas / Janett Heatfield (EUA)
1996 - Aledandre Manzan / Márcia Ferreira
1997 - Leandro Macedo / Márcia Ferreira
1998 - Mark Bates (CAN) / Carol Montgomery (CAN)
1999 - Juraci Moreira / Maria José Moreira
2000 - Juraci Moreira / Mariana Ohata
2001 - Victor Plata (EUA) / Carol Montgomery (CAN)
2002 - Leandro Macedo / Mariana Ohata
2003 - Leandro Macedo / Carla Moreno
2004 - Juraci Moreira / Carla Moreno
2005 - Leandro Macedo / Carla Moreno
2006 - Juraci Moreira / Carla Moreno
2007 - Antonio Marcos Silva / Mariana Ohata
2008 - Juraci Moreira / Carla Moreno
2009 - Fábio Carvalho / Carla Moreno
2010 - Reinaldo Colluci / Pâmela Oliveira
2011 - Reinaldo Colluci / Vanessa Gianinni
2012 - Diogo Sclebin / Carla Moreno
2013 - Fábio Carvalho / Fernanda Garcia
2014 - Diogo Sclebin / Flavia Fernandes
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